O SLK recebe enésima remodelação que, desta feita, chegou ao nome que adopta a nova nomenclatura passando a chamar-se SLC.
O pequeno roadster que “inventou” o tejadilho rígido de abrir continua a sua carreira na gama Mercedes, mas desta feita com mais um retoque na maquilhagem e mudança de nome. Chama-se agora SLC, tem uma frente mais próxima dos seus irmãos e tem como modelo de topo, novidade!!, o SLC 43 AMG.
O SLC será revelado mundialmente no Salão de Detroit, mas a Mercedes decidiu mostrar já as imagens e alguns detalhes, nomeadamente, a versão de topo SLC 43 AMG. Ainda não notou nada de diferente?! Lembra-se do SLK 55 AMG? O novo modelo chama-se SLC 43 AMG. Nada? Não deu por nada de novo?
O nome está diferente porque o motor que serve de base a esta versão desportiva topo da gama SLC não é um V8 de 5.5 litros nem sequer o V8 de 4.0 litros do AMG GT. É o motor V6 de 3.0 litros biturbo usado no mais opulento e luxuoso S400 Coupé. Além disso, o número “43” foi usado pela primeira vez no C43 AMG lançado em 1997. Nessa altura o modelo tinha um V8 de 4.3 litros.
O motor debita 367 CV e um binário de 520 Nm, ou seja, menos 53 CV e 18 Nm que o bloco 5.5 V8 aspirado que fazia de motor no SLK 55 AMG. Mas a maior diferença proporcionada por este moderno motor biturbo reside no regime a que é obtido o binário: o 5.5 V8 chegava aos 538 Nm às 4500 rpm, o V6 faz 520 Nm às 2000 rpm. Cifras que permitem dizer que o novo motor será muito mais fácil de explorar que o anterior bloco atmosférico.
Outra diferença reside na caixa de velocidades, pois o SLC 43 AMG abandona a caixa AMG Speedshift por troca com a mais plebeia 9G-Tronic que, como em qualquer outro Mercedes, oferece vários modos de condução (Comfort, Sport, Sport Plus, Eco e Individual). Segundo a Mercedes, o SLC 43 AMG acelera dos 0-100 km/h em 4,7 segundos (mais 0,1 segundos que o SLK 55 AMG) com a velocidade limitada eletronicamente aos 250 km/h.
Com este motor, o SLC poupa cerca de meio litro de gasolina por cada centena de quilómetros percorridos (7,3 contra 7,8 litros do anterior modelo) com emissões de CO2 de 178 gr/km.
Mais novidades no SLC são encontradas na gama que passa a oferecer um SLC 180, modelo de entrada na gama equipado com o bloco 1.6 litros a gasolina sobrealimentado que debita 156 CV e um binário de 249 Nm. Depois temos o SLC 200, equipado com um motor de 4 cilindros com 2.0 litros (substituindo o velhinho 1.8 litros) a debitar 183 CV e um binário de 300 Nm.
Segue-se o SLC 300 que utiliza o mesmo motor do SLC200, mas com uma afinação e preparação diferente, debitando a partir dos 2.0 litros de cilindrada com turbocompressor, 245 CV e um binário de 370 Nm. O SLK 350 não terá substituto. A única versão diesel é o SLC 250d, equipada com o bloco de 4 cilindros e 2.0 litros sobrealimentado, já usado pelo SLK 250 CDI, que debita 203 CV e 500 Nm de binário.
O SLC180 e o SLC200 estão equipados, de série, com uma caixa manual de seis velocidades, os restantes são vendidos com a caixa automática 9G-Tronic. O que acarreta ganhos em termos de consumo e de emissões de CO2. O SLC 250d gasta, reclama a Mercedes e a NEDC, em média 4,4 l/100 km com emissões de 114 gr/km de CO2.
Finalmente, falemos da maior novidade, o novo estilo do SLC. Nova frente com maiores entradas de ar para promover melhor refrigeração, uma nova grelha que é inspirada em outros modelos da marca e faróis redesenhados e com tecnologia LED. Na traseira o tratamento foi o mesmo, ckm farolins de LED e retoques ligeiros no pára-choques., alem de um novo difusor e saídas de escape.
A Mercedes mexeu, igualmente, no mecanismo da capota, que agora permite que de forma automática coloco em “su sitio” a cobertura das bagagens, deixando de obrigar o condutor a sair do carro e a fazer a operação manualmente. Passa a funcionar a velocidades até 40 km/h, o que no anterior modelo não era possível fazer, pois a capota só abria/fechava com o carro parado.
No interior, além do Magic Sky Control (o tejadilho transparente que passa a opaco com o toque num botão graças a um processo electrocromático), encontrará o mesmo estilo do anterior modelo e as mesmas coisas do SLK, mas com instrumentos revistos, novos forros e um ecrã maior do sistema de informação e entretenimento. O equipamento de série passa a oferecer o Active Brake Assist, ou seja, a travagem autónoma que antevê a ocorrência de um acidente.